sábado, 12 de março de 2016

Meu dia de noiva

Naquele dia, acordei cedo sem querer: pedi para me deixarem dormir, pois iria casar à noite e precisava não estar com sono diante do padre... Mas, talvez pela ansiedade da chegada de uma tia minha que viria de fora, ou pelo hábito de acordar cedo para ir trabalhar, ou pelo barulho da casa quando todos levantaram, acabei levantando cedo...
Tentei enrolar na cama, para o sono vir e eu dormir de novo... Só que não consegui: minha disposição para ficar acordada era maior que a disposição para dormir... Então levantei e fui tomar café da manhã.
Depois, quando terminei, ajudei a limpar a cozinha, e fui terminar de cortar as caixinhas de bombom com a minha irmã (faltavam poucas para completar a quantidade que era necessária), enquanto minha mãe ia no salão fazer as unhas.
Ela voltou do salão e saiu com a minha irmã para buscar os bombons. E eu me dirigi ao salão, pois era a minha vez de fazer as unhas. No meio do caminho encontrei com a minha tia (que estava vindo de fora), disse um rápido oi e continuei meu percurso ao salão.
Lá, a manicure me aconselhou a pintar as unhas de branco, mas eu disse a ela que não gostava de branco, optando por um rosa meio alaranjado. Ela então sugeriu que clareasse a cor com um esmalte branco perolado, mas eu disse que preferia a cor do jeito que era, sem misturar com outra cor. Também falei a ela que não queria que tirasse a minha cutícula, pois me incomodava muito o procedimento e depois deixava a minha mão ardendo.
Assim, respeitando a minha vontade e na intenção de me liberar mais cedo, uma manicure fez a minha mãe, enquanto outra fazia o meu pé. Retornei para casa e encontrei minha mãe com a minha tia, conversando e montando o meu buquê e o da daminha de honra. Elas tinham ido na floricultura e comprado uma dúzia de rosas vermelhas, um ramo de flores amarelas e fita branca, um pouco larga.
Na hora que eu cheguei, já tinham feito o meu buquê, terminando de preparar o da daminha de honra, me pedindo as alianças para amarrar nele.
Terminada esta tarefa, limpamos a sujeira da mesa e fomos todos almoçar: minha mãe tinha feito lasanha, acompanhada de um arroz branco e salada... Comemos, e todos saíram para resolver alguma coisa ou se arrumar, e eu fiquei descansando até dar a hora de ir para outro salão, onde eu ia fazer o cabelo e a maquiagem.
Chegando lá, tive que esperar a cabeleireira atender minha mãe, irmã e minha tia. Ela tinha me deixado por último, pois demoraria mais para me atender, sem contar que eu iria sair de lá direto para a igreja. Após dispensá-las, ela preparou meu cabelo, sem finalizar o penteado, deixando ele todo enrolado no bob. E falou para mim aproveitar para tomar banho, que depois ela iria terminaria tudo e eu vestiria o vestido de noiva, que já estava lá no salão.
Tomei meu banho e descansei um pouco. Ela me chamou de volta, fez a minha maquiagem (sem ser escura, pois eu achava esquisito este tipo de maquiagem em noivas) e terminou o penteado, me ajudando a vestir o vestido logo em seguida.
Eu não podia chegar atrasada na igreja, então às 20:00 já estava vestida, maquiada e penteada. O resultado foi surpreendente: quando me olhei no espelho, não acreditava no que via... Eu estava diferente, bonita... Não parecia que era eu... Ela tinha acertado o jeito que eu queria estar!
Em seguida, fui para a igreja, pois tinha que estar lá 5 minutos antes da cerimônia começar. E fiquei esperando dentro do carro, vendo os convidados entrarem, o pessoal da missa que tinha acabado naquele momento sair, e o meu futuro marido todo arrumado.
A fotógrafa veio para tirar umas fotos minhas dentro do carro. Como eu não queria que o noivo me visse antes da cerimônia, pedi para ela tirá-lo da frente da igreja. Ela foi lá pedir para distraírem ele e retornou, tirando algumas fotos antes do casamento começar.
E então foi para dentro da igreja, tirar fotos do meu futuro marido e dos familiares, antes de começar tudo. Foram minutos, mas enquanto esperava dentro do carro, o tempo parecia uma eternidade, pois estava tudo pronto e nada de começar o casamento.
Até que tudo se aquieta, se forma a fila de padrinhos e pais, todos os convidados entram e enfim, começa a cerimônia! Abaixei o vidro para escutar a música, na expectativa de ver alguma coisa... Mas não é a mesma coisa de quando se é convidado, só dá para observar o movimento, como um espião...
Primeiro entraram os padrinhos, depois o noivo com a irmã dele (minha futura sogra morava em outro país e não podia vir), e em seguida minha mãe com meu futuro sogro. Enquanto eles se preparavam para entrar, meu pai veio me buscar pois estava chegando a minha hora de entrar.
Fomos caminhando devagar, até a porta da igreja, pois eu queria dar tempo da outra música terminar e a minha começar. Meu pai me puxava e eu fala para ele esperar a música. Na porta, paramos para a assistente da igreja ajeitar meu véu, e seguimos, andando não muito devagar nem muito rápido.
O caminho, que antes parecia curto para mim, naquele momento parecia longo, sem fim... E eu fiquei com pressa, apressando o passo terminar de andar logo. Uns segundos eu puxava ele, outros ele me segurava para fazer esperar.
Quase no final do caminho, meu noivo veio me receber, acompanhado da irmã dele. Meu pai soltou a minha mão, cumprimentou-o e deu o braço para a irmã dele, enquanto eu e ele demos as mãos e subimos no altar. Logo em seguida o padre começou a celebração.
Respondemos às perguntas, fizemos os votos, trocamos as alianças e assinamos o registro de casamento. Durante a celebração o padre foi maravilhoso: ele fez o casamento com calma, gentileza e muito carinho, sem ser rude ou apresentar sinais de irritação como outros padres que vi em outros casamentos.
Terminada a cerimônia, recebemos os cumprimentos, tiramos fotos e fomos embora, começar a nossa vida juntos!

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