terça-feira, 19 de abril de 2016

As várias eu

Apesar da minha pessoa ser somente um único ser humano, há vários papéis que desempenho no dia-a-dia. Alguns deles se aproximam muito um do outro, enquanto outros são totalmente opostos.
Administrar quando eu começo a exercer um e termino outro é uma imensa confusão para a minha cabeça. É difícil lidar com tantas personalidades da minha pessoa, de modo que tudo ocorra bem em todos os setores da minha vida.
Sempre busco uma maneira dar conta de tudo, mas até hoje não consegui descobrir a receita. E após virar mãe, ficou praticamente impossível. Sou mãe, dona de casa, profissional, esposa, filha, blogueira e eu mesma.
A parte de mim que é mãe trabalha 24 horas por dia: o tempo todo tenho de estar atenta ao bem estar da minha filha e cuidar dela. Já a parte que é dona de casa fica ativa durante o tempo que estou em casa ou simplesmente acordada.
A parte profissional é ligada quando estou no serviço, procurando exercer as atividades com eficiência, no intuito de dar lucros à empresa e melhorar as condições de trabalho. O papel de esposa cuida do casamento e do esposo.
A função de filha se conecta com a família de origem. A parte blogueira está sempre procurando inspirações para desenvolver textos bem elaborados sobre as idéias que surgem na minha cabeça. E por fim, eu mesma é um papel que sempre está pedindo espaço para ser exercido mas tem seu pedido negado pelos outros papéis.
Aparentemente hoje tenho sucesso em ser mãe e profissional. Entretanto minhas outras personalidades não conseguem obter 100% de eficiência, gerando alguns problemas que precisam ser reparados e/ou deixando passar detalhes que fazem toda a diferença.
Às vezes meu marido reclama de algo que eu fiz ou não fiz, meus pais e minha irmã ficam me chamando a atenção, eu fico achando que não estou sendo boa o suficiente para a minha filha, ou exijo mais de mim mesma no serviço e em casa.
Normalmente são coisas simples de serem feitas ou praticadas, mas devido à grande dificuldade que eu tenho eu não consigo fazer ou faço mal-feito. É difícil aceitar isto!
Talvez eu precise de tempo e paciência comigo mesma para descobrir a solução. Talvez eu precise esvaziar um pouco a mochila dos meus fardos, para que eu possa me desfazer do que é supérfluo e ficar com o que realmente eu preciso carregar e exercer na minha vida.


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