Encontro não-marcado

Quando eu estava desenvolvendo um projeto de iniciação científica na faculdade, precisei ler livros, matérias e trabalhos relativos ao projeto que estava desenvolvendo. Uma parte destes, foram escritos por um professor de uma outra faculdade da região, bastante referenciada no estado.
Fazia parte dos requisitos deste projeto de iniciação científica a apresentação dele em seminários e eventos acadêmicos. Essa faculdade, na qual este professor trabalhava, ia promover um seminário de iniciação científica.
Fiz a inscrição do projeto (ainda em desenvolvimento) e fui participar. Chegando lá, fiz a exposição do projeto, recebendo elogios sobre ele, conhecendo pessoas da área que eu estudava, e trocando idéias com os alunos que estudavam nesta faculdade, inclusive aqueles que cursavam na área de desenvolvimento do projeto. Estes alunos, coincidentemente, tinham sido alunos deste professor. Então além de trocar idéias, me falaram muito bem dele. Como eu estava lá, fiquei ansiosa por conhecê-lo, uma vez que eu estava lá.
O seminário acabou e acabei não conhecendo ele. Fui embora com a idéia de voltar lá para expor o projeto finalizado e tentar conhecer este professor.
A idéia de conhecê-lo foi ficando cada vez mais intensa, tornando-se um sonho. Então, como o seminário ia acontecer no ano seguinte, fiquei atenta para não perder o prazo de inscrição nem a oportunidade.
Assim, no ano seguinte, quando abriu as inscrições, inscrevi o projeto, desta vez finalizado, e fui.
Expus o projeto, recebendo elogios, trocando idéias com as pessoas que vinham conhecê-lo, e conhecendo outros projetos que estavam expostos lá. Porém, não consegui conhecer tal professor.
Não obstante, a faculdade que eu estudava tinha escolhido o projeto para ser apresentado num outro seminário, me pagando todas as despesas. Chegando lá, estava eu apresentando o projeto, quando chega um homem me fazendo perguntas sobre o projeto. Respondi todas, e no final da conversa ele falou que trabalhava na área, falou o nome da faculdade na qual trabalhava, e disse seu nome.
Nesta hora, quase caí para trás. Era o professor que eu tanto queria conhecer e não tivera a sorte de ter conseguido! Meus olhos começaram a brilhar, e eu fiquei sem palavras (as palavras não saiam de minha boca).
Tirei uma foto com ele e conversamos mais um pouco. Mas eu estava enebriada, abobada, boquiaberta. Não conseguia acreditar que finalmente tinha conseguido conhecê-lo, depois de 2 tentativas que deram errado, e depois de ficar triste por não ter conseguido. Parecia que eu estava conhecendo a cantora da qual eu sou fã.
Depois que ele foi embora, meu dia ficou ótimo, e me senti muito abençoada e feliz, por ter realizado o meu sonho de conhecê-lo. Retornei para casa contando cantarolando e dando pulos de alegria.