segunda-feira, 25 de abril de 2016

Meu processo de desamamentação

Voltei a trabalhar no final do ano passado, quando minha filha tinha 3 meses e meio. Então, na consulta do mês de dezembro, a pediatra acrescentou na dieta dela o leite de fórmula, que devia ser dado na minha ausência.
Para ela se acostumar a tomar o leite, passei a dá-lo uns dias antes do término da licença, nos horários em que eu estaria trabalhando. Segundo as instruções da pediatra, não era necessário ferver a água para preparar o leite: podia usá-la na temperatura ambiente.
A introdução não foi difícil: desde a primeira mamadeira ela não estranhou muito o sabor. Só que tinha uma temperatura exata que ela gostava do leite: bem morninho (não muito quente nem muito frio).
Quando chegou o dia de voltar, eu e ela já estávamos acostumadas a uma nova rotina: peito nos horários disponíveis e leite de fórmula nos indisponíveis. No entanto, de forma gradual, minha produção de leite passou a diminuir, até zerar o estoque.
Começou assim: em alguns horários em que eu amamentava, meus peitos não estavam cheios o suficiente, precisando completar o restante com o outro leite. Depois passaram a não ter mais leite naquele horário, ficando cheios nos outros. Em seguida, passaram a ficar cheios apenas uma única vez por dia. E no final, nenhuma vez por dia.
Cada vez que eu tinha pouco ou nenhum leite, recorria ao leite de fórmula para que minha filha ficasse bem alimentada. E aos poucos ele foi ganhando espaço na dieta dela.
Pessoalmente, para mim foi bom: pude voltar a me vestir normalmente, sem precisar de usar o sutiã de amamentação (que ficava me pinicando) ou ficar me preocupando se dava ou não para tirar o peito para amamentar.
Já para a minha filha foi tranquilo: em nenhum momento reclamou ou chorou por causa do peito. Ela aceitou e gostou do outro leite, sem deixar de gostar do leite materno. Também não estranhou ou reclamou quando eu dava a mamadeira ao invés do peito: o que eu desse pra ela beber ela bebia.
Hoje, é como se ela tivesse esquecido que mamou no peito por um bom tempo. Ela simplesmente adora a mamadeira! Antes mesmo de eu terminar de preparar, já fica afoita, pedindo pra dar logo pra ela.

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