No início, eu não liguei muito, pois os valores estavam apenas um pouco acima do que eu estipulava para pagar. Eu achava que podia controlar a situação, que era só aquele mês e que nos próximos as faturas iriam voltar ao valor que sempre estipulei para pagar.
Mas aos poucos, de forma gradativa, os valores das faturas foram aumentando, até chegar à metade do meu salário. Neste ponto eu assustei, pois percebi que estava presa num ciclo: eu pagava a fatura toda e ficava sem dinheiro para comprar as coisas que eram necessárias, recorrendo à ele para fazer compras, e no final gerava uma outra fatura enorme para pagar no mês seguinte.
Preocupada com isto, sentei com meu marido e conversei com ele sobre a situação que estava acontecendo, pois estávamos começando a passar dificuldades e nos afundar em dívidas. Assim, debatendo e averiguando juntos, chegamos à 3 medidas que podíamos tomar:
- Pagar o que desse e deixar o restante acumular: pagávamos uma parte da fatura, e o que faltasse deixasse para pagar na fatura do próximo mês.
- Pagar tudo e não usar mais o cartão: pagávamos o valor total e não o usávamos mais.
- Parcelar diretamente com a operadora: parcelávamos diretamente com a operadora, pagando um valor fixo por mês, de acordo com a quantidade de prestações.
- Pagando uma parte, deixando acumular pro próximo mês, seriam cobrados juros de aproximadamente 18% sobre o faltante, sem contar a mora de 2% e a multa de 1%. E como já havia algumas coisas para cair na próxima fatura, ela iria vir alta. Como não tínhamos a garantia de ter o dinheiro para pagar tudo no próximo mês, quitando assim toda a dívida, descartamos-a.
- Pagando tudo, ficávamos livre daquela fatura. Mas como não teríamos dinheiro para comprar as coisas fora do cartão, iríamos usá-lo novamente, ficando presos no ciclo de pagar e gastar, acumulando mais dívidas ainda. Assim, descartamos-a.
- Parcelando diretamente com a operadora, no menor número de prestações possível, seria cobrado um juro de aproximadamente 9% sobre o valor da fatura parcelada, mais alguns encargos como IOF. No final, iríamos pagar só um pouco a mais que o valor total da fatura. E como o valor da prestação era pequeno, iria sobrar dinheiro para comprar as coisas, e também não geraria um valor gigantesco no próximo mês (com o as coisas que iriam cair). Assim, optamos por esta.
Nos meses seguintes, enquanto ainda estávamos pagando as prestações, gastamos somente com o necessário: alimentação, luz, água, telefone, etc, pagando tudo usando somente os nossos salários. O que estivesse acima deles, não comprávamos.
Quando pagamos a última prestação do parcelamento (alguns meses depois), ficamos livres das dívidas do cartão de crédito. E desde então, temos controlado mais o uso do cartão, deixando para comprar nele só coisas que não precisam todo hora, como roupas e calçados, por exemplo.
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