Antigamente, esta divisão era feita da seguinte maneira: o homem cuida da parte material e a mulher da parte espiritual, o homem trata de trabalhar e a mulher de manter a casa aconchegante, o homem acompanha os filhos de longe e a mulher acompanha de perto, etc. Hoje, com a globalização e a mudança de conceitos, isto tudo mudou: a responsabilidade passou a ser dos dois, ou seja, ambos têm os mesmos deveres e as mesmas responsabilidades no casamento e na família.
Com isso, surge um desafio para todos os que vivem uma vida a dois: dividir. Para começar, cada um tem a sua personalidade (mesmo que sejam parecidas), sua história de vida e sua família de origem (mesmo que um seja órfão). Isto significa que cada um tem um jeito singular de fazer as coisas, de pensar, de agir, de lidar com fatos, etc.
Não obstante, a rotina que cada um leva diariamente tem bastante influência na administração de tudo: casamento, família, casa, orçamento familiar, etc. Assim, dividir fica muito difícil, pois não aceitamos o jeito que o parceiro faz as coisas(acreditando que as fazemos melhor que ele), mas queremos que elas estejam do jeito que desejamos.
Por exemplo, a limpeza da casa: enquanto a mulher observa todos os detalhes possíveis e imaginários, o homem só olha se limpou. Mas ambos desejam chegar em casa e encontrá-la limpa e aconchegante. Ou então, picar um alimento: enquanto a mulher corta em pedaços pequenos e fininhos, o homem corta em pedaços grandes e grossos. Mas ambos querem comer o alimento picado em pedaços.
É um processo difícil e ambíguo para o casal. Ás vezes, para não haver brigas nem discussões, alguns simplesmente deixam as coisas como estão (cada um carregando seu fardo sozinho). Ou então, já que tudo está um caos, deixando ambos infelizes, decidem se separar.
O ponto chave, que precisa ser trabalhado, dentro de cada um, é a aceitação. Nem sempre o companheiro fará algo como nós gostaríamos: irá fazer da maneira que ele sabe. Mas para que a vida conjugal dê certo, temos que aceitar isto, e quando houver uma abertura, propor ajuda para que ele melhore aquela parte.
Não é fácil fazer isso, principalmente quando se é recém-casado: sofremos por dentro, brigamos por nossas idéias, criamos um caos na cabeça do outro e vice-versa. No entanto, conforme persistimos e o tempo vai passando, conseguimos fazer algumas concessões, melhorar os pontos nos quais somos reclamados, e ajudar o companheiro a melhorar o que ele deseja.
Assim, aos poucos, montamos um esquema que funciona para a vida diária, no qual ambas as partes se ajudam e se doam (um para o outro). E no final, quando menos esperamos, temos um bom casamento.
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