Assim, baseado em tópicos que costumam gerar muitas dúvidas para as gestantes, segue abaixo um quadro comparativo dos dois partos que tive:
Tópico | Cesárea | Normal |
Atendimento hospitalar | Apesar de educado, no geral foi seco e rude (com exceção do segundo médico que me atendeu e da enfermeira que me levou à sala de cirurgia). A burocracia foi para ficar internada e receber assistência do hospital. | Foi um pouco mais burocrático (passei por uma triagem antes de chegar na médica) e bagunçado (fiquei mudando de sala um bom tempo antes de ficar definitivamente na sala de parto). Simultaneamente, foi educado, acolhedor, e humano. |
Nível de dor do trabalho de parto | A dor começou muito fraquinha e foi aumentando de grau lentamente. Quando chegou no nível bem insuportável, coincidiu com a anestesia, que aliviou tudo na hora. | Começou no nível limítrofe do médio, passando para forte. De forma gradual e rápida, ficou muitíssimo intensa, num ponto em que o corpo ficou anestesiado com a própria dor: na hora de fazer a força de expulsão do bebê eu não sentia nada. |
Duração do parto | O trabalho de parto começou no meio da manhã e terminou quase à meia-noite, durando 14 horas (incluindo a cirurgia). | Começou bem de manhãzinha e terminou quase no meio da tarde, durando 7 horas e 45 minutos. |
Recuperação pós-parto | Foi delicada. Assim que acabou o efeito da anestesia, senti meu corpo todo baqueado, como se eu tivesse sido atropelada. | Logo que o bebê saiu, eu estava bem, como se nada tivesse acontecido. Somente quando acabou o efeito da anestesia local na vagina, senti meu quadril bem dolorido. |
Cuidados pós-parto | Nos primeiros 15 dias, fiquei de repouso (movimentando somente o necessário), não agachava e me movimentava devagar, respeitando o limite do meu corpo. Depois, fui recuperando o ritmo aos poucos, de forma gradual. Minha dieta alimentar foi bem saudável (salada, arroz , feijão, carne magra), e não tinha nenhuma comida remosa. |
Apesar de não sentir nada e poder me movimentar normalmente, segui uma rotina mais calma, sem atividades físicas intensas, como varrer e passar pano na casa, nas duas primeiras semanas. Depois, voltei à minha rotina normal, fazendo as minhas atividades conforme o meu corpo aguentava. A alimentação foi apenas saudável: sem frituras, embutidos e nada muito gorduroso. De vez em quando, podia arriscar um hambúrguer simples, sem complementos. |
Esforço físico | Mesmo sentindo dor, não fiz nenhuma atividade ou força corporal. | Sob orientação da equipe médica, fiz caminhada e agachamento para aumentar a dilatação. Depois, força de cocô para expulsar o bebê. |
Tratamento ao acompanhante | Apesar de poder ter uma pessoa me acompanhando dentro do hospital, somente eu podia usar as dependências da ala da maternidade que eu estava. O meu acompanhante, apesar de ter refeição dada pelo hospital, podia somente comer no quarto e dormir ao lado da minha cama. Inclusive, ele não pôde assistir ao parto no bloco cirúrgico: só me esperar do lado de fora. |
O meu acompanhante pôde assistir ao parto, pegar no bebê assim que ele nasceu, ficar comigo nas dependências da maternidade, comer a comida dada pelo hospital, dormir ao lado da minha cama, usar e tomar banho no banheiro do quarto que eu fiquei depois do parto. |
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